
Esta segunda-feira (6/7) foi de medalha para os alunos portadores de necessidades especiais (NEE) que disputaram o Goalball pela fase final dos 56o. Jogos Colegiais do Paraná. Apesar dos títulos terem ficado com a Escola 1o. de Maio, de Campo Largo, no feminino, e com o Instituto Londrinense de Instrução e Trabalho para Cegos (ILITC), no masculino, não foi difícil perceber porque todos em quadra foram - e são - verdadeiros campeões.
O Goalball foi criado após a Primeira Guerra Mundial para deficientes visuais. Nenhuma outra modalidade se assemelha a este esporte, por isso, para o público leigo entender o goalball é preciso atenção. Os comandos da arbitragem são todas em inglês. "- Play!" E a bola está em jogo. Três atletas para cada lado tentam impedir o gol adversário, que tem nove metros de largura. Para localização em quadra, os atletas utilizam linhas coladas no chão com fitas adesivas, assim como a trave superior do gol. No decorrer da partida se percebe claramente que o arremesso só pode ser rasteiro e que a bola não pode quicar depois da linha dos seis metros.
Com os olhos vendados por um óculos totalmente escuro, o único guia é o barulho do guizo dentro da bola, semelhante a uma de basquete, que pesa 1,25 kg. Para proteção dos atletas, todos utilizam roupas protetoras para amortecer o impacto da bola contra o corpo. Na partida, todos os jogadores são, ao mesmo tempo, defensores e arremessadores e o arremesso deve ser rasteiro.
O silêncio é outra característica do jogo, já que a concentração está toda voltada na bola. Torcer alto e em bom som? Somente mesmo durante o gol ou nos intervalos de tempo.
Na prática

Para sentir na pele qual a sensação de jogar o Goalball, eu (Ana Paula Junqueira) e o colega Maurício Bevervanso, da equipe de imprensa da Paraná Esporte, decidimos encarar e colocar os óculos para entrar em quadra. A sensação de falta de orientação é estranha. No mesmo time, cada um de nós fizemos um arremesso, mas acho que minha bola foi parar na torcida ao lado da quadra [risos]. A barra superior do gol nos serviu de orientação para saber se estávamos posicionados corretamente para o arremesso, mas sinceramente eu me senti literalmente desorientada. O Maurício foi melhor e conseguiu até evitar gol. Quem fez os arremessos para nos testar foram Helena Gois, de Campo Largo, e Diego Rodrigues, de Londrina.
Sorte que não estávamos competindo, porque certamente seriamos um fiasco!
Acesse o site dos Jogos Colegiais e acompanhe as notícias: http://www.jogoscolegiais.pr.gov.br/
Até a próxima.
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